
Medidas anunciadas devem facilitar visitas de cubanos a parentes nos EUA e remessas em dólares para Cuba e restabelecer vôos a outros aeroportos que não Havana. Cuba fala em “passo limitado na direção certa”.
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (16/05) que irão restabelecer os vôos comerciais para Cuba e suspender o limite de 1.000 dólares por trimestre para remessas financeiras dos EUA a familiares na ilha caribenha, revertendo algumas das medidas mais duras do governo anterior, liderado por Donald Trump.
Entre as medidas anunciadas também estão os planos de intensificar o processamento de vistos americanos em Cuba para permitir que mais cubanos visitem parentes nos Estados Unidos.
O presidente Joe Biden também pretende restabelecer um programa de reunião familiar que estava suspenso há anos, segundo um comunicado do Departamento de Estado, citado pela agência de notícias Efe.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmou que as medidas visam mostrar apoio ao povo cubano e dar-lhes ferramentas para alcançar uma “vida livre” fora da “opressão” do governo do seu país e ajudá-lo a procurar melhores oportunidades econômicas. Price reiterou o seu apelo ao governo cubano para que liberte “imediatamente os presos políticos” e respeite os direitos fundamentais do seu povo.
Liberação para viagens
Especificamente, os Estados Unidos anunciaram que vão restaurar os vôos comerciais e fretados não só para a capital Havana, mas também para outros lugares do Estado insular, e permitir alguns tipos de viagens que Trump restringiu, como as de fins educativos ou relacionadas com negócios. Até agora, as companhias aéreas americanas só podiam voar para Havana, deixando cubanos-americanos com poucas opções para visitar parentes em outras partes da ilha.
O governo Trump proibiu em 2019 vôos comerciais dos EUA para todas as cidades de Cuba, com excepção de Havana e, em Agosto de 2020, foi mais longe ao suspender vôos charter privados para todos os aeroportos da ilha, incluindo o da capital. Estes vôos charter foram usados por muitos cubanos-americanos para viajar para a ilha a partir de Miami, na Flórida.
Também serão permitidas viagens de grupos americanos destinados a estabelecer contactos com o povo cubano, mas as visitas individuais desse tipo continuarão proibidas.