As modificações que estão a ser feitas na rede de telefonia 5G no mundo visam proteger principalmente a aterragem da aeronave.
A tecnologia de telefonia que permite colocar a internet móvel num novo patamar tem sido motivo de preocupação das autoridades aeronáuticas desde o início da implementação da tecnologia. O receio é que a utilização massiva do sinal interfira nos rádios-altímetros dos aviões, que operam na mesma banda de frequência, de 3,7 a 3,98 GHz (Banda C).
O rádio altímetro é um equipamento instalado nas aeronaves para calcular a altura em relação ao solo e, ao contrário do altímetro convencional, não utiliza a diferença de pressão para cálculo da altura, mas sim envia ondas de rádio para o solo, que quando refletidas e detectadas possibilitam calcular a altura do avião, de maneira similar aos radares utilizados por caças.
A possível interferência, ainda não confirmada segundo a própria agência de aviação dos EUA, a FAA, pode ocasionar leituras erradas do rádio-altímetro, que já tem um alcance limitado e é utilizado na hora da aterragem.
Para evitar isso, a FAA tem trabalhado com as operadoras de celular para limitar a actividade das antenas do 5G nas proximidades dos aeroportos, a fim de proteger os “20 segundos finais de aterragem”.
A decisão de limitação será aplicada apenas a 50 grandes aeroportos e por enquanto irá durar 6 meses, tempo suficiente para a FAA fazer a análise técnica do impacto e também receber relatos de operadores. No Brasil, a ANAC já emitiu um alerta para os aviadores sobre os possíveis problemas em seus vôos aos EUA.
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