
A Qatar Airways está a exigir uma compensação multimilionária na sua disputa com a Airbus, por conta das pinturas defeituosas no Airbus A350. Segundo documentos do tribunal acessados pela Reuters nesta quinta-feira (6), a companhia aérea do Catar exige uma indemnização de 618 milhões de euros. Além disso, seriam 4 milhões de dólares por dia até que as 21 aeronaves A350 retiradas de operação voltem a voar novamente.
A disputa gira em torno de danos na pintura, que foram descobertos pela primeira vez no final de 2020. A Qatar alega que, em alguns casos, a camada abaixo da tinta se tornava visível, deixando aparente a estrutura de treliça que actua como um pára-raios.
Por sua vez, a Airbus enfatiza que não há perigo nisso. A autoridade de aviação europeia EASA também não viu comprometimentos para a aeronavegabilidade do A350.
A Airbus explica o dano como um fenómeno físico, já que as aeronaves da Qatar Airways são primeiro expostos ao calor e tempestades de areia no solo e, em seguida, ao frio congelante no céu, ou seja, enormes flutuações de temperatura que fazem a camada de tinta se expandir.
No entanto, esses são casos extremos ocorreriam apenas com a primeira geração do A350, os primeiros feitos com materiais compostos inovadores, segundo a Airbus.
Enquanto a Qatar processa do lado dela, a Airbus também já prometeu que vai levar a companhia árabe aos tribunais por difamação.