
A Comissão Europeia aprovou na última terça-feira (21/12) o plano de reestruturação da TAP Air Portugal. Com isso, a TAP colocará em prática ainda no apagar das luzes de 2021 a sua nova organização financeira e operacional para os próximos anos.
Afectada pela crise do coronavírus em 2020, a TAP recorreu ao socorro financeiro estatal com o recebimento de um empréstimo de 1,2 bilhão de euros (cerca de 7,80 bilhões de reais). Agora, a companhia receberá mais um empréstimo, dessa vez com o valor de 2,55 bilhões de euros (1,50 bilhões de reais) do Estado português mais uma indemnização de 107,1 milhões de euros pelos prejuízos ocasionados durante a pandemia da covid-19.
O que muda com a TAP?
Com o seu plano de reestruturação aprovado, a companhia aérea terá que se desfazer de diversas empresas do grupo, incluindo a sua subsidiária Portugalia, sua empresa de handling (Groundforce) e empresa de manutenção no Brasil TAP M&E (antiga Varig Engenharia e Manutenção). Além disso, a companhia terá de ceder 5% dos seus slots em Lisboa (18 faixas horárias) para outras companhias aéreas.
Segundo a mídia local de Portugal, o novo plano de reestruturação da companhia dará não só um maior fólego financeiro, mas também a eliminação de dívidas por parte das suas empresas. A TAP M&E, por exemplo, é uma das empresas que mais deu prejuízo para a companhia aérea nos últimos anos, sendo que a tentativa da sua venda já ocorreu no passado, mas sem sucesso.
Resta saber como o governo de Portugal, maior acionista da empresa aéreas, readequará os próximos passos da companhia, visto que, a companhia aérea está a ampliar as suas rotas internacionais e nos últimos anos realizou uma ampla renovação de frota.