
Uma iniciativa da American Airlines está a causar polêmica entre os seus pilotos. A empresa aérea, uma das maiores do mundo, está a contratar muitos profissionais, visando à recuperação das viagens, no entanto, os seus simuladores de vôo estão no limite da capacidade para formação durante o dia. A única forma que a empresa vê de capacitar toda a equipe é fazer as formações durante a noite.
A iniciativa per se é válida, mas há uma barreira importante. Segundo relata a Bloomberg, a Allied Pilots Association (APA), que representa os pilotos da companhia aérea, diz que as sessões de treinamento no turno da noite violam o contrato de trabalho. A companhia aérea discorda e espera seguir adiante com seu plano.
Depois de ter reduzido o seu quadro de funcionários no auge da pandemia, a American Airlines agora está a tentar colocar 440 pilotos de volta à activa até o final do ano. Em 2022, a pressão sobre as instalações de treinamento não diminuirá, já que a companhia aérea espera chamar até 1.000 pilotos. Além disso, a companhia aérea ainda precisa concluir o treinamento recorrente para sua força de trabalho actual.
Dennis Tajer, porta-voz da APA teme que a American esteja a aproveitar-se dos novos pilotos escalando-os para as sessões noturnas. “Os novos contratados estão em período de experiência, então eles estão a tirar proveito dessa classe não representada de pilotos, e esse é um momento terrivelmente desafiador”, disse à Bloomberg.
Em um memorando aos pilotos, a companhia aérea disse que os pilotos das sessões de madrugada representariam apenas 5% do total. Em paralelo, a American Airlines está a aguardar a entrega de mais simuladores de vôo de aeronaves de última geração e também está a contratar horas em simuladores da CAE, bem como da Boeing e da Airbus.